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21 de agosto de 2009

A LENDA DA COBRA GRANDE


É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico.
A cobra Norato é um jovem encantado que durante a noite se desencanta e vira gente, assumindo sua condição humana.
Norato freqüenta as festas, dança mto, namora as ribeirinhas e desaparece antes do amanhecer.
A lenda diz que uma cabocla de nome Zelina deu à luz um casal de gêmeos: Honorato e Maria Caninana, duas cobras.
Jogou-as no rio, onde se criaram, mas Maria Caninana vivia fazendo malvadezas até que foi morta pelo irmão, que tinha bom coração.
Sempre que assumia a forma humana, ele ia visitar sua mãe, a quem implorava que o desencantasse.
Para que o encanto fosse quebrado, ela deveria chegar ao corpo adormecido da serpente, pôr um pouco de leite na sua boca e ferir-lhe a cabeça, de forma que sangrasse.
A mulher, por medo, nunca chegou perto do réptil, até que um soldado da guarnição da ilha de Cametá livrou o jovem da maldição.
Honorato, é um rapaz encantado em uma cobra-grande e que habita no fundo do rio. Aparece no Pará. Esse mito já produziu uma obra-prima da moderna literatura brasileira: "Cobra Norato", de Raul Bopp, livro que não pode deixar de ser lido com alegria.
Outra Versão, conta que em uma certa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio.
Lá no rio eles se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas.
Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades.
Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo e elegante rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.
Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, fazendo um ferimento na cabeça até sair sangue. Mas ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, deixando de ser cobra d'água para viver na terra com sua família.

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